Conservatório
Nacional
de Lisboa
Luís
Aguilar é um dos primeiros licenciados pela Escola
Superior de Teatro do Conservatório Nacional,
onde foi professor (1976-1978)
e, com Augusto Boal e Amilcar
Martins, integrou a Comissão Diretiva e a Comissão
de Gestão do Conservatório Nacional de Lisboa
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T E A T R O
Fundou
e dirigiu a companhia de teatro profissional do Algarve,
o Teatro Laboratório de Faro, onde encenou, de
1980 a 1988, 14 peças, de que se destacam, porque
distinguidas pelo público e pela crítica
especializada, A
Boda dos Pequeno-Burgueses de
Bertolt Brecht,
O Piquenique de
Fernando Arrabal,
O Marinheiro de
Fernando Pessoa,
O Amor de Dom Perlimplim Amais Beliza em seu Jardim
de
Federico Garcia Lorca
e D. Sebastião, texto
coletivo,
com
direção dramatúrgica e fixação
do texto dramático de Isabel Pereira. Orientou
inúmeras oficinas de teatro que levaram à
criação de vários grupos de teatro,
alguns dos quais ainda hoje existem, como por exemplo,
o Teatro Análise de Loulé. Inaugurou,
em 1984, a atividade teatral da Universidade do Algarve,
com o espetáculo Guerra Nossa no anfiteatro
ao ar livre do então Instituto Politécnico
de Faro. O Teatro Laboratório de Faro participou
em inúmeros festivais de teatro nacionais e internacionais.
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Encenações de Luís
Aguilar
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O
Marinheiro
- Fernando Pessoa
O encenador criou a imagem de uma humanidade, a de Pessoa,
empareda nas suas próprias imagens, ou seja, nas
suas próprias personagens, ou seja, no seu Eu.
Aí está o que parece óbvio, mas
ainda ninguém tinha feito, capaz de transformar
um texto poético num espaço de representação.
Carlos Porto In
Viagem pelo Espelho
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Amor
de Dom Perlimplim Amais Belisa em Seu Jardim
Federico
Garcia Lorca
Isabel
Pereira e João Soromenho em Amor de Dom Perlimplim
Amais Beliza em seu Jardim
de Federico Garcia Lorca
De cima, “voyeurs”
da paixão atraiçoada pela decrepitude
do corpo de D. Perlimplim, testemunhamos o fulgor vivido
de Beliza e somos cúmplices da sua insaciedade.
Mas logo os “duendes ”que oficiam a este
“mistério”nos vêm vendar os
olhos e transportar-nos para esse “jardim das
delícias” mágico e inviolável,
no ar livre dos nossos pesadelos, libertos na noite
de todos os segredos, para comungarmos com D. Perlimplim
o seu apaixonado sacrifício de dar ao corpo de
Beliza o espírito que se liberta da ponta do
punhal em que se imola.
Depois de tudo, o que apetece dizer disto é que
o encenador Luís Aguilar e os atores não
só deram da peça uma leitura verdadeiramente
encantatória como lhe juntaram o tom místico
e o clima mágico sempre presente em Lorca, e
raramente tão feliz e amplamente conseguido.
Olhos
e Coração do Teatro
por José
Manuel da Nóbrega
Lorca
ao Sul por Carlos Porto
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El-Rei
Dom Sebastião
Rosa
Estêvão no papel de
D. Joana, dá à luz D. Sebastião,
o Desejado |
Manuela
Gordo na pele de
D. Sebastião |
Alguns momentos deste El-Rei D. Sebastião “agarram”
e são bem conseguidos. Algumas cenas alcançam
vigor, bom recorte e pulsar estético (é
o caso, por exemplo, da viagem para Alcácer Quibir).
Fernando
Midões
El Rei D. Sebastião por el Laboratório
Teatro de Faro, Portugal, que há sido la más
grata sorpresa de estas jornadas (IV Jornadas de Teatro
das Astúrias em que participaram igualmente
Els Joglars, José Luis Gómez, Magui
Mira, Teatro de la Ribera, Teatro Fronterizo) descubriendo
ante nosostros una forma de teatro pujente.
Cheford Rad,
crítica espanhola
Compréhensible
par tous El-Rei D. Sebastião. Il était
assez facile, même pour un spectateur ne connaissant
pas la langue de suivre la pièce. Le jeu,
les intonations de voix, des merveilleux artistes,
les effets de lumière vous mettaient très
vite dans le bain.
Crítica
francesa
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Angélica
Às Portas do Céu
Eduardo Blanco-Amor - 1981
Amilcar
Martins e Ângela Pinto numa das cenas de Angélica
às Portas do Céu de Eduardo Blanco- Amor
"Angélica
às Portas do Céu" apareceu, pois, na
sua forma cénica, como um divertimento multiforme
– o lado mais positivo do encenador Luís
Aguilar que criou diferentes canais de comunicação.
Gulosamente, o Teatro Laboratório de Faro tomava
conta de todo o espaço: Escadarias de acesso ao
museu e aos claustros, aquela linda taça de água
gotejante, a bancada, tudo bordejado de velas, cuja chama
oscilava sob a onda de calor, serviu ao encenador e aos
atores para levar atrás de si, precessionalmente
o público colaborante e, depois, para espraiar
a sua imaginação.
Manuela
de Azevedo
Ver
mais críticas de Angélica às
Portas do Céu
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Caminhos
Encobertos,
Marzinhos Descobertos
Caminhos Encobertos,
Marzinhos Descobertos de Isabel Pereira, Luís
Aguilar e Amélia Muge, apresentado pelo Teatro
Laboratório de Faro, com encenação
de Luís Aguilar, música de Amélia
Muge, cenografia de Eduardo Coutinho e adereços
de Fernando Grade, surge-nos como felicíssima
combinação entre o Teatro propriamente
dito, a prática de Expressão Dramática
e a Animação Cultural “lato sensu”.
Uma vitória, pois, para a equipa comandada por
Luís Aguilar…Excelente a organização
da divisão de tarefas e quanto ela implica no
domínio da participação, algo de
desinibidor que deveria ser sempre e sempre praticado.
Fernando
Midões
"Os pequenos
espectadores são convidados a participar no arranjo
de uma nau e na viagem que ela empreende até à
Índia. São formados pequenos grupos, cada
um dirigido por um ator, que se encarregam das várias
tarefas que o apetrechamento, viagem, combates, contactos
com outros povos implicam. Há tempestades, há
combates, há, já na segunda parte, a descobertas
de outras maneiras de estar de comerciar e até
de comer. Por fim as crianças são convidadas
a e escrever num padrão dos descobrimentos o que
pensam daquela viagem. O exercício, com evidentes
características didáticas é um êxito.
Carlos
Porto
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FORMAÇÃO
DE PROFESSORES
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ATIVIDADES
DRAMÁTICAS
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*
Teatro
* Expressão
Dramática
* Psicodrama
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EDITORA
AGUILAR
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